sábado, 31 de maio de 2008

Biomassa

A biomassa é a matéria orgânica residual resultante da actividade antrópica. Assim lixo doméstico, mas sobretudo restos de matérias-primas de indústrias como a carpintaria ou a da pasta do papel (que necessitam de madeira). Estes podem ser queimados de modo que aqueçam a água, que no estado gasoso faz mover as turbinas, etc... e assim produzem electricidade. Existem outras formas de fabricar energia a partir da biomassa e acerca das quais falarei mais adiante.

Energia Geotérmica

A energia geotérmica é outro exemplo de energia renovável pura. Como a própria designação indica ("geo"- Terra e "térmica"- temperatura) esta energia aproveita para a sua produção o calor do interior da Terra proveniente da actividade vulcânica activa (vulcões com erupções vulcânicas recentes) ou passiva (formas de vulcanismo secundário como: as fumarolas, os géiseres ou as nascentes termais).
O método de produção é idêntico à maioria das outras energias: a água aquecida em ebulição sobe como vapor de água e acciona o mecanismo de produção de electricidade ao gerar movimento rotacional quando passa nas turbinas. A diferença é que para aquecer a água, não é necessário queimar combustíveis fósseis ou outros materiais e assim poluir a atmosfera com os gases dessas combustões, visto que essas elevadas temperaturas são gratuitas: as centrais geotérmicas situam-se sobre pontos quentes de regiões vulcânicas ou junto a câmaras magmáticas.
Assim o que é emitido pelas chaminés é apenas vapor de água, puro!!

Centros de Compostagem

Os Centros de Compostagem são centrais de tratamento do lixo orgânico. A matéria orgânica recolhida na restauração (restaurantes, bares, cantinas, cafés...) ou nos contentores do lixo comum -doméstico que não é separado, como por exemplo: cascas de maçã, fruta ou legumes, restos do jantar como arroz, etc...- é dirigida para estes centros de compostagem.
É colocada em contentores juntamente com palha e outra matéria repleta de organismos decompositores. Assim, aí ficará no máximo duas semanas sob a acção dos decompositores. Quando se abrirem outra vez esses tanques certificar-nos-emos que o volume final da matéria é razoavelmente inferior ao inicial, o que significa que se reduziu o volume dos resíduos.
O que fica pode ser aproveitado, se a qualidade for boa, e vendido como fertilizante biológico com a garantia de que não tem químicos.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Geocaching

Falamos aqui do geocaching pois é um hobbie ideal. Pode ser considerado simples actividade de lazer ou mesmo desporto. Mas afinal em que consiste o geocaching? Deve-se dizer que é a procura de tesouros por todo o planeta. “Tesouros? Por todo o planeta?” deve estar a perguntar-se. Como é internacional, o geocaching é praticado na maioria dos países de todo o mundo. E os tesouros? Os geocachers chamam-lhes caches- pequenas caixas que contém no seu interior um panfleto a explicar aos desconhecidos a modalidade (para se encontrarem uma, não a removerem do sítio), umas folhas e canetas para os seus descobridores deixarem a sua opinião e impressão sobre a cache, e objectos (ninharias como bonecos dos Ovos Kinder) para troca entre os geocachers. Mas ainda não falei do que torna o geocaching tão interessante:
  • As caches encontram-se em locais estratégicos que são escolhidos pelos geocachers (são os próprios que escondem as ditas caches- qualquer um pode mas são sobretudo os mais experientes que o fazem) pela beleza natural do sítio (ex.miradouros), pela sua importância moral ou emocional (ex. monumentos e igrejas), ou pelo grau de dificuldade no seu alcançe (ex. existe uma na Arrábida que para a encontrar é necessário mergulhar a sério).
  • O geocaching proporciona aos seus praticantes alargarem o conhecimento sobre diversas regiões geográficas.
  • O contacto com a Natureza sente-se na procura de uma cache, o que é óptimo para um pretexto de um passeio com a família na floresta num Domingo à tarde.

Os geocachers estabelecem laços entre eles à medida que marcam os seus hábitos assinados nas folhas de opinião das caches e vão vendo coincidências pela preferência das mesmas. Por vezes faz-se amigos deste modo. Para a prática do geocaching é apenas necessário vontade, gosto pelo ar livre e um GPS (dos mais simples, basta indicar as coordenadas que lhe são inscritas).

Para mais informações consulte os links: http://www.geocaching.com/ ou http://www.geocaching-pt.net/

domingo, 25 de maio de 2008

Energia Solar

A energia solar, como se sabe, é uma das energias renováveis já utilizada em larga escala para a produção de energia pura. Pode ser aproveitada de duas formas:
  • Passiva> traduz-se sobretudo pela arquitectura sustentável de modo a aproveitar a energia solar de dia para iluminar e aquecer, conforme as estações, as casas.
  • Activa> assegurada através de painéis solares- quer fotovoltaicos-fig.1- (estes através de células fotovoltaicas que reagem à radiação solar e movem-se, produzem mesmo electricidade); quer térmicos- fig.2- (construídos como uma chapa de metal por onde circulam tubos de água, que ao passar pelo metal a escaldar, aquece e é usada para o aquecimento dos lares) que se distinguem dos outros por estarem equipados com um cilindro volumoso.
Hoje em dia, está em vigor uma lei (uma das poucas que o governo fez para incentivar as energias renováveis pelos particulares) muito proveitosa, em Portugal, que consiste no seguinte: todo o cidadão que adquira um painel fotovoltaico e o mantiver em funcionamento, pode se assim o desejar realizar um acordo com a EDP onde é esta é obrigada a comprar a electricidade produzida que entra na rede pública. O cidadão pode continuar a usufruir da rede pública, com a vantagem de que tem um bom desconto no final do mês na conta, pois o quilowatt comprado pela EDP é mais caro que o pago por nós. Que bom, hem?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Herbário

Fazer um herbário é algo que requer tempo, paciência e gosto pelo mesmo. Em primeiro lugar, para quem não sabe o que é um herbário, é um caderno onde se colocam exemplares de plantas identificados com o objectivo de se ir coleccionando e aprendendo mais sobre as mesmas. Teve origem nos Celtas cuja religião se baseava na adoração da natureza e na crença de que todos os elementos naturais quer humanos, cavalos, árvores, rios ou rochas tinham alma. Servia para identificarem as espécies e guardar o conhecimento ancestral sobre plantas medicinais e outras características quer curativas ou aromáticas que tivessem.

Como fazer?

1. Deve-se arranjar um caderno ou livro de folhas lisas (também pode ser um álbum de fotografias.

2. No caso de ter escolhido o álbum coloque ao seu dispôr etiquetas.

3. Saia à rua e procure a sua planta favorita. Recolha a parte da mesma em melhor estado tentando obter a maior diversidade de órgãos: um caule com folhas, flores e frutos, é o melhor pois assim tem vários elementos para identificação futura. Nota: Uma regra essencial é não prejudicar as plantas em redor e a própria: não arranque o vegetal por completo. Outro princípio básico é não colher espécies raras ou em vias de extinção.

4. Deixe a sua planta a secar e a espalmar entre dois livros pesados. Ao fim de uma semana retire-a com cuidado. Devido à sua fragilidade quando seca um pequeno toque pode quebrá-la. Dica importante: Não experimente deixar um cogumelo ou outro fungo a secar. Para além de estragar os objectos com que estiver em contacto, deixa um cheiro pestilento difícil de eliminar ou disfarçar.

5. Se tiver um caderno cole-a cuidadosamente com cola bâton; se tiver um álbum basta inseri-la numa das micas.

6. O próximo passo é etiquetar: num caderno faz-se num dos cantos superiores, no álbum deixa-se uma etiqueta autocolante na mica. A etiqueta deve obedecer a estas características:

Dia de Mês de Ano (Data da recolha) >Se preferir pode escrever apenas a estação do ano e o ano; Rua, Localidade, País (Local da recolha) Nome da Espécie >Pode ser necessário adquirir um livro sobre identificação de plantas. Partes recolhidas da planta

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Energia das Ondas

Ah, pois meus caros... existe. E em variadíssimas formas. Vou, no entanto, explicar apenas duas que considero as principais. Uma delas é utilizada até nos Açores, no Pico. É produzida num género de cubos de betão. Aqui abaixo está um esboço esquemático que pretende explicar como é assegurada essa produção, que na verdade é igual ao método de produção de electricidade a partir de quase todas as energias.

Quando uma onda embate contra a "pala de betão", o volume de água aumenta na zona, e o nível da água sobe debaixo desta. Assim, pelas leis da Natureza, algo tem de sair para dar espaço a essa massa. Então, parte do ar aí existente move-se para o exterior passando pela turbina fazendo esta girar. Através dos mecanismos comuns, dentro do cubo de betão aproveita-se este movimento rotacional para assegurar a produção de electricidade. Depois, , o volume de água diminui, o nível da água desce e a massa de ar é forçada a entrar para ocupar esse espaço vazio. Assim, a turbina, que é preparada de forma a mudar de direcção facilmente conforme o movimento das marés, gira outra vez produzindo mais energia limpa. O outro método resulta através de uma estrutura articulada que colocada a boiar no mar, se movimenta conforme as ondas.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Energia Eólica

A energia eólica é uma das energias renováveis mais importantes em Portugal representando actualmente cerca de 27% destas.
Os locais, em geral, de maior potencial eólico, apresentam-se nas cumeadas das serras, nas áreas planas e na costa. No entanto, como a costa de Portugal é demasiado profunda não chega a captar os ventos que sopram de Norte/Noroeste e que atingem grandes velocidades no mar; e as zonas planas do país (sobretudo no Alentejo) são pouco ventosas pois o vento é "cortado" pelas serras a Norte; só nos resta a nós, portugueses, uma forma de a aproveitar: nos cumes das serras. De qualquer forma, há esperança de um dia possuirmos equipamentos avançados que permitam ser colocados no mar.
As vantagens desta energia são principalmente ser um recurso renovável e não ser poluente. As únicas desvantagens (que são pouco significativas comparativamente com outras fontes energéticas) indicam-se como
  • Intrusão visual: pelo facto de os aerogeradores, serem para muita gente, um objecto desagradável e destruidor da paisagem;
  • Degradação dos solos: por ser necessário o abate de árvores e uma grande área de terreno livre de objectos sem preenchimento (sem contar com o betão);
  • Impactes na biodiversidade: frequentemente é referida a morte de aves na passagem por um aerogerador, embora este não seja um número significativo. Por outro lado, a simples presença destes pode afectar o ciclo natural de um ecossistema.
  • Ruído

A forma de produzir energia é assegurada por aerogeradores (turbinas). Estes são compostos por:

  • Uma fundação: base de betão enterrada no solo para a torre ficar bem presa;
  • Uma torre: pilar com cerca de noventa metros que coloca o rotor a maior altitude, onde a velocidade do vento é maior e onde as pás não contactam com a superfície;
  • Um rotor: composto geralmente por três pás de cinquenta metros cada e construídas sobretudo em carbono pelo que são muito leves (pesam cerca de dez toneladas);
  • Uma casa das máquinas (nacelle): onde se localiza o gerador. A produção de energia é efectuada aqui: a energia eólica (que passou a mecânica pelo movimento das pás) convertida em rotacional, é acelerada na caixa de velocidades- instrumento cuja funcionalidade é semelhante à das correntes de bicicletas) e depois reconvertida em electricidade no gerador.

A partir daqui, a energia eléctrica é conduzida por cabos subterrâneos até à subestação (edifício presente nos parques eólicos- regiões com muitos aerogeradores) onde é reduzida em tensão, para ser distribuída pelos cabos de alta tensão para os cidadãos que a podem utilizar depois da tensão diminuir outra vez.

Deste simples modo produziu-se energia eficiente sem contribuir para as alterações climáticas! Mas é claro que esta ainda não é suficiente para se opôr ao petróleo... A melhor forma de o fazermos é mesmo poupar energia!